Em tempos de hipermodernidade, vive-se a cultura imediatista do “sempre mais”, “sempre agora”, na qual tudo é comercializado, inclusive relacionamentos. Nesse contexto, os indivíduos acostumam-se a procurar nas prateleiras da vida o relacionamento ao seu modo, que possa ser consumido imediatamente – e, quem sabe, descartado.
Já não há mais tempo para o conhecimento do outro, para a conquista, para a superação das dificuldades da convivência, tampouco para o exercício da compreensão e da paciência.
Entretanto, foram nesses tempos apressados da vida, ao teu lado, que entendi que o sentido da existência é a existência. Foste tu que, dia após dia, me ensinou a ler teus detalhes tão belos e singulares – que não se esgotam.
Gradativamente, entendi, contigo, que relação é construção, que não se faz em poucos dias, mas se solidifica, após anos, na prática do diálogo e do perdão.
Ao fim, hoje estou certo de que quero viver o nosso sentimento intensamente. Desejo aproveitar, ao máximo, cada detalhe que o Autor da Existência tem reservado para cada dia. Tenho esperança que estaremos juntos amanhã, mas que ele chegue ao seu tempo e que, por hoje, vivamos o que há para viver, pois, meu bem, lhe digo: não tenho pressa em ser feliz contigo.
Autor: M. Thiago Mendonça